Lamentando suas dificuldades na Ferrari e declarando que a equipe "provavelmente" deveria substituí-lo, Jean Alesi disse a Lewis Hamilton que Michael Schumacher ou Ayrton Senna "nunca" diriam algo assim.
Hamilton juntou-se à Ferrari nesta temporada em uma tentativa de revitalizar sua carreira na Fórmula 1 após três temporadas difíceis com a Mercedes, na sequência de sua derrota no campeonato em 2021, quando seu reinado de quatro anos foi encerrado por Max Verstappen.
Lewis Hamilton: "Provavelmente precisam trocar de piloto"
No entanto, a mudança tem sido mais difícil do que o esperado.
Apesar de vencer a Sprint na China, onde liderou de ponta a ponta, Hamilton ainda não conseguiu um único pódio em um Grande Prêmio, com seu melhor resultado sendo três quartos lugares.
Momentos de progresso foram seguidos por retrocessos, culminando em duas corridas decepcionantes para o britânico antes das férias de meio de temporada.
Sofrendo eliminações consecutivas e precoces nas sessões de qualificação do Grande Prêmio da Bélgica, onde rodou no SQ1 e teve seu tempo mais rápido deletado no Q1 por exceder os limites da pista, Hamilton pediu imensas desculpas à equipe Ferrari.
Ele se recuperou para terminar em sétimo, mas ainda assim assumiu a culpa por "perder pontos", dizendo que "não é o que a equipe merece".
No entanto, uma semana depois em Budapeste, Hamilton não estava apenas arrependido, ele estava dizendo que a Ferrari "provavelmente" deveria substituí-lo.
Novamente não conseguindo sair do Q1 enquanto Charles Leclerc colocava seu SF-25 na pole position, o heptacampeão mundial disse ao Sky F1: "Sou eu toda vez. Sou inútil, absolutamente inútil.
"A equipe não tem problema, você viu o carro está na pole. Eles provavelmente precisam trocar de piloto."
24 horas depois, seu humor não havia mudado, pois ele não conseguiu ganhar uma única posição no Grande Prêmio.
Falando para a mídia, incluindo o PlanetF1.com, após a corrida, Hamilton disse que se sentia "o mesmo" que se sentira após a qualificação de sábado, e seus pensamentos de que a Ferrari deveria encontrar um novo piloto permaneceram inalterados.
Quando perguntado se ele definitivamente estaria dirigindo a Ferrari quando a F1 retornar com o GP da Holanda, ele respondeu: "Estou ansioso para voltar... Espero voltar, sim."
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Os comentários de Hamilton chamaram a atenção no paddock, com especialistas debatendo se isso era um sinal de que Hamilton estava considerando a aposentadoria.
Seu ex-chefe de equipe na Mercedes, Toto Wolff, disse que não, pois ele tem "negócios inacabados na Fórmula 1", enquanto seu atual chefe na Ferrari, Fred Vasseur, insistiu que ele estava "frustrado, mas não desmotivado".
No entanto, Bernie Ecclestone, Damon Hill e outros disseram que talvez fosse um sinal de que era hora de Hamilton pendurar o capacete.
Mas, embora a lenda da Ferrari, Alesi, não tenha ido tão longe, ele criticou o britânico por seus comentários negativos.
"Acho que a atitude de Hamilton desmoraliza aqueles que trabalham ao seu redor. Senna ou Schumacher nunca teriam dito coisas assim", disse Alesi ao Corriere dello Sport em sua coluna 'Pit Stop'.
A crítica de Alesi, no entanto, não parou em Hamilton.
O francês também ficou impressionado com o desempenho geral da Ferrari na parte final do Grande Prêmio da Hungria, com o pole-sitter Charles Leclerc passando de liderar a corrida para terminar fora do pódio em quarto lugar.
Leclerc mostrou bom ritmo nos dois primeiros stints, mas após trocar para pneus duros para o stint final, ele perdeu ritmo e terminou 42s atrás do vencedor da corrida Lando Norris.
George Russell afirma que a Ferrari teve que aumentar a pressão dos pneus de Leclerc, pois seu SF-25 estava muito perto do chão e perto de ser "ilegal" em relação ao desgaste da prancha. Alesi concorda.
"Parecia uma comédia italiana, virou um filme de terror", disse ele.
"O motivo foi revelado por Russell após observar o carro de Leclerc na pista. Uma Ferrari que anda bem no sábado e depois não funciona no domingo é o que mais irrita quem ama o Cavallino Rampante."