
Piastri reflete sobre igualdade "desconfortável" da McLaren após perder título
Oscar Piastri admitiu que o compromisso rígido da McLaren com a igualdade entre pilotos criou momentos "desconfortáveis" ao longo da temporada de 2025, uma política que acabou contribuindo para que ele perdesse o campeonato mundial para o companheiro de equipe Lando Norris e para Max Verstappen. Apesar de liderar a classificação por uma margem significativa no meio da temporada, a recusa da equipe em priorizar um piloto permitiu que seus rivais voltassem à briga.
Por que isso importa:
As inflexíveis 'regras papaya' da McLaren representam uma rara postura filosófica na F1 moderna, valorizando a integridade da equipe e a competição justa em vez de otimizar a campanha de título de um único piloto. Este experimento de temporada testou se uma equipe poderia vencer ambos os campeonatos sem recorrer a ordens de equipe tradicionais, uma aposta que quase lhes custou o título de pilotos por completo e gerou debate sobre o equilíbrio entre justiça e pragmatismo no mais alto nível.
Os detalhes:
- Piastri tinha uma liderança de 34 pontos após 15 corridas, mas a equipe manteve seu tratamento igualitário, mais notavelmente no GP da Itália, onde ele foi solicitado a ceder a posição para Norris após um pit stop lento para restaurar o status quo anterior da corrida.
- O CEO da equipe, Zak Brown, havia declarado em maio que estava "preparado para perder o campeonato mundial" em vez de acabar com as chances de um piloto, um princípio que a equipe seguiu fielmente durante o ano.
- Outros momentos-chave incluíram não trocar as posições no Japão para atacar Verstappen e não manipular a corrida de Norris na Grã-Bretanha para compensar uma penalidade dada a Piastri, reforçando a abordagem "não intervencionista" da equipe durante as batalhas na pista.
- Após a ordem de equipe pivotal em Monza, a forma de Piastri declinou, com acidentes em Baku e Brasil, um fim de semana difícil no México e um erro estratégico no Catar erodindo sua vantagem de pontos.
- Apesar do ruído externo e das teorias da conspiração, a McLaren manteve uma frente unida, conquistando o Campeonato de Construtores em Cingapura enquanto seus pilotos lutavam contra Verstappen.
O panorama geral:
O domínio da McLaren na primeira metade da temporada foi minado pela ressurreição de meio de ano da Red Bull com o RB22, expondo o risco de sua abordagem igualitária. Ao não consolidar a posição atrás de um único contendente, eles deixaram a porta aberta para Verstappen quase roubar um quinto título consecutivo, terminando a apenas dois pontos de Norris. A temporada se tornou um estudo de caso sobre se o sucesso final na F1 requer um piloto número um claro, especialmente quando se enfrenta um competidor implacável como Verstappen.
O que vem a seguir:
Piastri indica que a equipe revisará a temporada e discutirá ajustes potenciais para 2026, mas a filosofia central parece destinada a continuar. Ambos os pilotos reconhecem que a tensão os tornou melhores, e Piastri conclui que ter uma chance justa de lutar é "tudo o que você pode pedir". O desafio para a McLaren será refinar sua abordagem para converter seu claro desempenho do carro em um título de pilotos sem abandonar os princípios que fortaleceram a dinâmica da equipe.
Artigo original :https://www.planetf1.com/news/oscar-piastri-tells-uncomfortable-truth-about-mcla...





