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Montoya: Saída de Marko da Red Bull foi por perda de poder, não de paixão

Montoya: Saída de Marko da Red Bull foi por perda de poder, não de paixão

Resumo
Juan Pablo Montoya afirma que Helmut Marko deixa a Red Bull devido à perda de poder interno, não por falta de paixão. Sua saída simboliza a transição da equipe para um modelo mais corporativo, o que pode afetar sua agilidade e cultura competitiva no futuro.

O ex-piloto de F1 Juan Pablo Montoya acredita que Helmut Marko está deixando a Red Bull e a Fórmula 1 não porque sua paixão diminuiu, mas porque seu outrora formidável poder dentro da equipe evaporou. Segundo Montoya, o conselheiro de longa data do automobilismo se viu cada vez mais marginalizado em uma estrutura corporativa em mudança, transformando-se de um temido tomador de decisões em uma figura de proa com autoridade diminuída.

Por que isso importa:

A saída de Marko marca o fim simbólico de uma era para a Red Bull Racing. Por mais de duas décadas, ele foi um pilar central da identidade da equipe — o arquiteto de seu programa de pilotos e uma voz estratégica fundamental. Sua saída, seguindo as de Christian Horner, Adrian Newey e Jonathan Wheatley, sinaliza uma transformação fundamental de uma organização autônoma e liderada por pessoas da corrida para uma entidade gerenciada de forma mais corporativa, o que pode impactar significativamente a cultura da equipe e a velocidade de tomada de decisão no futuro.

Os detalhes:

Montoya sugere que o motivo oficial da aposentadoria de Marko — frustração com a perda por pouco do título de 2024 de Max Verstappen — apenas arranha a superfície. A questão central é uma mudança de poder.

  • Tomada Corporativa: Montoya aponta para o aumento do envolvimento da empresa-mãe austríaca da Red Bull, que quer "mais controle da equipe". Ele descreve isso como uma "espada de dois gumes" que pode levar a um estilo de liderança mais rígido e hierárquico.
  • Erosão da Autonomia: Marko, que antes tinha "controle total dos pilotos" e das decisões-chave, supostamente se viu em uma posição onde suas escolhas exigiam aprovação. Montoya afirma: "Ele percebeu que não tinha mais poder... Chegou a um ponto onde disse a si mesmo: 'Não vou ser empregado de ninguém.'"
  • Rumores de Asas Cortadas: Anedotas sublinham a mudança. Rumores sugerem que Marko teve que voltar atrás em um contrato com o piloto da F2 Alex Dunne após assiná-lo, e pode ter assinado com o jovem piloto Arvid Lindblad sem o consentimento corporativo — um movimento emblemático de seu antigo estilo unilateral que não se encaixa mais na nova ordem.

O panorama geral:

A Red Bull está claramente se reestruturando para as mudanças regulamentares de 2026, e parte dessa reestruturação envolve consolidar o controle. As saídas de Horner, Newey, Wheatley e agora Marko representam uma ruptura limpa com a velha guarda. Montoya adverte que o influxo de supervisão corporativa muda a forma como uma equipe opera: as decisões exigem mais reuniões, com opiniões moldadas por perspectivas de orçamento e marketing, em vez de puro instinto de corrida. Embora isso possa trazer estabilidade, corre o risco de sufocar a cultura ágil e decisiva que alimentou o sucesso da Red Bull.

O que vem a seguir:

O foco agora se volta para como a nova estrutura de liderança da Red Bull, com uma mão corporativa mais forte da Áustria, funcionará. A equipe deve navegar por essa transição cultural enquanto mantém sua vantagem competitiva contra rivais como Ferrari e McLaren. Para Marko, seu legado como um "fazedor de reis" e competidor feroz está garantido, mas sua saída ressalta uma verdade atemporal na Fórmula 1: quando o poder acaba, é hora de partir.

Artigo original :https://f1i.com/news/556459-montoya-marko-has-realized-he-has-no-power-anymore.h...

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