Por que isso importa:
Novas revelações do ex-treinador de performance de Max Verstappen, Bradley Scanes, confirmam que Verstappen tocou deliberadamente na asa traseira da Mercedes de Lewis Hamilton no Grande Prêmio do Brasil de 2021. Este movimento calculado, apesar de uma multa conhecida de €50.000, foi projetado para exercer "pressão" sobre os rivais da Red Bull durante a acirrada batalha pelo título da F1.
O quadro geral:
A temporada de 2021 foi uma rivalidade intensa entre Verstappen e Hamilton, culminando na controversa primeira vitória do campeonato mundial de Verstappen em Abu Dhabi. Semanas antes, Hamilton entregou uma vitória de recuperação impressionante no Brasil, após ser desqualificado da classificação por uma infração na asa traseira e, em seguida, se recuperar de uma penalidade no grid.
Os detalhes:
- Após a classificação no Brasil, Verstappen foi visto tocando na asa traseira de Hamilton no parque fechado (parc ferme), uma ação pela qual ele foi posteriormente multado em €50.000 pela FIA.
- Scanes, treinador de performance de Verstappen de 2019 a 2023, revelou no podcast "High Performance" que o ato foi premeditado e discutido dentro da equipe Red Bull.
- "Ele sabia que receberia uma multa de €50.000 e nenhum impacto na pista", afirmou Scanes, enfatizando a natureza estratégica do movimento.
- A Mercedes esclareceu que o problema na asa traseira de Hamilton se deveu a um componente quebrado, não a uma infração intencional da regra.
- Scanes argumentou que a multa foi "útil", pois forçou a Mercedes a alterar a configuração de sua asa para corridas subsequentes, mudando o foco e intensificando a pressão da mídia.
- A rivalidade se estendeu além da pista, com "jogos mentais" jogados pelos chefes de equipe (Toto Wolff e Christian Horner) e até mesmo pelos treinadores da Red Bull e da Mercedes.
Entre as entrelinhas:
Scanes descreveu a tensão palpável no paddock de 2021, especialmente nas últimas corridas. "Ninguém sequer se olhava, ninguém falava um com o outro", ele contou, comparando a atmosfera a uma "guerra". Ele destacou o nível extraordinário de competição, com ambos os pilotos frequentemente 20 segundos à frente do resto do campo.