
Documentos Revelam: Sessão de FP1 para Novato com McLaren Custa US$ 3,5 Milhões
Documentos judiciais da batalha legal em andamento entre a equipe McLaren de Fórmula 1 e o piloto de IndyCar Alex Palou lançaram luz sobre o custo substancial de colocar um novato em um carro de F1 para uma sessão de treino livre. Segundo a Motor Sport Magazine, esses documentos revelam uma quantia de sete dígitos necessária para tal oportunidade.
Por que isso importa:
Essa revelação oferece um olhar raro e concreto sobre as realidades financeiras por trás das oportunidades na Fórmula 1, especialmente para pilotos aspirantes. Ela ressalta o investimento significativo necessário para um novato ganhar experiência em F1, mesmo que por uma única sessão, e destaca os altos riscos em disputas contratuais envolvendo desenvolvimento de pilotos e potenciais vagas na F1.
Os Detalhes:
- Divulgação Financeira: O piloto do Campeonato Mundial de Endurance da Toyota, Ryo Hirakawa, supostamente garantiu uma participação em FP1 com a McLaren para o fim de semana do Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2024 por aproximadamente US$ 3,5 milhões. Essa taxa também incluiu a pilotagem de carros mais antigos sob as regras de 'testes de carros anteriores'.
- Contexto da Ação de Palou: Essa informação surgiu como parte do processo movido pela McLaren contra Alex Palou, buscando cerca de US$ 20 milhões. Palou optou por permanecer com a Chip Ganassi Racing em 2022, apesar de ter assinado um contrato com a McLaren.
- Defesa de Palou: Palou admite ter quebrado o contrato, mas sustenta que não deve nada à McLaren. Ele argumenta que a McLaren teria superestimado as perspectivas realistas de uma vaga na F1 e cita o alto custo de sua própria sessão de FP1 com a equipe como um fator.
- Alegações contra Zak Brown: O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, enfrentou escrutínio por suposta exclusão de mensagens do WhatsApp, o que a equipe negou veementemente.
- Obrigações para Novatos: A partir da temporada de 2025, as equipes de F1 são obrigadas a colocar um piloto novato elegível duas vezes por carro durante as sessões de FP1 ou FP2. Esses novatos não podem ter mais de duas largadas em corridas de F1 e, como indica esta reportagem, frequentemente arcam com o ônus financeiro pela experiência.
- Perspectiva de Palou: Palou afirma que Brown lhe disse: "Eu acreditei que poderíamos fazer isso acontecer, e que ele me daria toda a preparação que eu precisava para chegar à F1." Ele sentiu que as coisas mudaram quando o então chefe de equipe Andreas Seidl contratou Oscar Piastri, apesar das garantias de Brown de que o desempenho de Piastri não afetaria suas chances na F1.
- Contra-argumento de Brown: Brown nega ter garantido uma vaga a Palou, afirmando: "Eu lhe disse quais seriam as oportunidades na F1. Eu nunca lhe disse que ele estaria sob consideração."
Entre as linhas:
A taxa substancial para uma sessão de FP1 ilustra a natureza exclusiva e financeiramente exigente da F1. Para muitos jovens pilotos, garantir tal oportunidade é um obstáculo significativo, muitas vezes exigindo patrocínio considerável ou riqueza pessoal. A disputa legal entre McLaren e Palou destaca ainda mais os relacionamentos complexos e muitas vezes contenciosos entre equipes, pilotos e contratos no mundo de alto risco da Fórmula 1.
O que vem a seguir:
A batalha legal em andamento provavelmente continuará a revelar mais detalhes intrincados sobre contratos de pilotos e obrigações de equipes. O resultado pode estabelecer precedentes para acordos futuros entre equipes de F1 e pilotos aspirantes, particularmente em relação à clareza da progressão na carreira e às expectativas financeiras. Enquanto isso, as equipes continuarão a lidar com as sessões obrigatórias de FP1 para novatos, buscando potencialmente arranjos financeiros mais transparentes com jovens talentos.
Artigo original :https://www.motorsport.com/f1/news/court-files-reveal-seven-figure-price-tag-to-...