
Vasseur defende o direito de Hamilton e Leclerc de criticarem a Ferrari
Fred Vasseur, chefe de equipe da Ferrari, endossou publicamente o direito de Charles Leclerc e Lewis Hamilton de serem críticos em relação à equipe, afirmando que incentiva ativamente o feedback deles como um motor necessário para a melhoria. Esta posição contrasta diretamente com as recentes declarações do presidente da Ferrari, John Elkann, de que a dupla de estrelas deveria "focar em pilotar e falar menos" após uma temporada de frustrações públicas.
Por que é importante:
O desacordo público entre o chefe de equipe e o presidente sobre a comunicação dos pilotos destaca uma dinâmica interna significativa em Maranello. A filosofia de gestão de Vasseur, que prioriza a pressão interna para o progresso em detrimento da imagem pública, é uma declaração clara de sua abordagem de liderança enquanto a Ferrari busca se recuperar de uma decepcionante temporada de 2025, na qual não venceu uma corrida e caiu para o quarto lugar no campeonato de construtores.
Os detalhes:
- Vasseur minimizou a importância das entrevistas de TV pós-sessão, focando em vez disso no comportamento dos pilotos nos debriefings internos. Ele enfatizou que o que importa é "ter um cara voltando para nós e pressionando a equipe a fazer um trabalho melhor."
- Ele expressou preferência por pilotos críticos, afirmando: "Eu ficaria destruído se os pilotos me dissessem que estamos fazendo um bom trabalho." Ele vê a pressão constante deles por melhorias como parte do DNA central da equipe e do esporte.
- Vasseur referenciou especificamente a conhecida tendência de Leclerc de ser crítico, observando que ele "sempre reclamou de tudo" há mais de uma década, mas enquadra isso como uma "dinâmica positiva" voltada para o aprimoramento coletivo.
- O chefe da equipe esclareceu que essa expectativa se aplica igualmente a ambos os pilotos, insistindo que eles devem "empurrar a equipe ao limite. Em todos os lugares, em cada área."
O panorama geral:
Este episódio ressalta o ambiente de alta pressão na Ferrari após uma temporada abaixo das expectativas. Enquanto os comentários de Elkann refletiam um desejo de projetar unidade e foco, a réplica de Vasseur defende uma cultura de crítica interna implacável. Seu argumento sugere que suprimir o feedback dos pilotos, por mais direto que seja, seria contraproducente para o objetivo da equipe de retornar à frente sob os novos regulamentos de 2026. As declarações públicas divergentes revelam o ato de equilíbrio entre gerenciar as percepções externas e fomentar a motivação interna necessária para vencer na Fórmula 1.
O que vem a seguir:
Todos os olhos estarão na dinâmica piloto-equipe enquanto a Ferrari desenvolve seu carro de 2026. Vasseur apostou sua liderança em aproveitar as críticas de Hamilton e Leclerc de forma construtiva. O sucesso dessa abordagem será medido pelo desempenho da equipe na pista no próximo ano, determinando se essa exposição pública de diferenças filosóficas foi um desacordo menor ou um sinal de tensões estratégicas mais profundas na Scuderia.
Artigo original :https://www.motorsport.com/f1/news/hamilton-and-leclerc-free-to-publicly-critici...





