
Red Bull defende troca de motor e rebate McLaren sobre teto de gastos
A Red Bull está reagindo às perguntas da McLaren sobre a troca de motor de Max Verstappen no GP do Brasil, insistindo que sua decisão foi 'nada incomum' e totalmente defensável sob as regras do teto de gastos da Fórmula 1.
Por que importa:
A investigação da McLaren destaca uma área cinzenta nas regras atuais do teto de gastos da F1, referente a trocas de motor feitas por desempenho em vez de confiabilidade. Esse debate expõe uma vantagem percebida das equipes 'de fábrica' sobre equipes 'clientes' como a McLaren, gerando pedidos por regulamentos mais claros, especialmente com novas regras de teto de gastos para unidades de potência a partir de 2026.
Os detalhes:
- Após a saída de Verstappen no Q1 no Brasil, a Red Bull fez ajustes significativos no acerto do carro e trocou sua unidade de potência Honda visando um ganho de performance.
- A McLaren buscou esclarecimentos da FIA, sugerindo que a ação da Red Bull poderia ter implicações no teto de gastos, especialmente se a troca foi para performance e não para resolver um problema de confiabilidade.
- Zona Cinzenta do Regulamento: As regras atuais da F1 não cobrem explicitamente quando as trocas de motor contam para o teto de gastos, deixando a interpretação aberta à orientação da FIA.
- A McLaren acredita que a orientação da FIA implica que trocas de motor motivadas por performance devem ser elegíveis para o teto de gastos, ao contrário das feitas por confiabilidade.
- Posição da Red Bull: O engenheiro-chefe da Red Bull, Paul Monaghan, afirmou que as ações da equipe são 'defensáveis' e 'legítimas', descartando a 'granada' da McLaren como uma manobra competitiva típica.
- Monaghan está confiante de que a Red Bull não sofrerá penalidades, embora tenha evitado detalhar como a troca de motor é especificamente contabilizada dentro de suas regulamentações financeiras, citando seu status de não especialista em regulamentos financeiros.
- O motor retirado do carro de Verstappen no Brasil permanece utilizável caso a Red Bull seja forçada a reintroduzi-lo.
Entre as linhas:
Essa situação realça uma tensão antiga entre equipes 'de fábrica' (que desenvolvem seus próprios motores ou têm integração profunda com seu fornecedor de unidade de potência) e equipes 'clientes' (que compram motores). A McLaren argumenta que, como equipe cliente, ela não pode fazer trocas de motor focadas em performance sem incorrer em custos diretos, ao contrário de uma equipe de fábrica cujo fornecedor de unidade de potência pode absorver tais despesas.
Próximos passos:
A FIA já começou a abordar essas ambiguidades para 2026, quando novas regulamentações introduzirão restrições mais rigorosas e um teto de gastos dedicado para unidades de potência. Essa mudança visa evitar futuros debates dessa natureza e nivelar o campo de jogo entre equipes de fábrica e clientes.
- Um julgamento final sobre a troca de motor da Red Bull no Brasil pode vir apenas quando os reguladores do teto de gastos analisarem a submissão financeira completa da Red Bull no próximo ano.
- Os regulamentos de 2026 esperam fornecer a clareza tão necessária, garantindo que todas as equipes operem sob restrições financeiras mais equitativas em relação aos gastos com unidades de potência.
Artigo original :https://www.the-race.com/formula-1/red-bulls-defence-after-mclarens-cost-cap-han...







