
Piloto Laura Villars desafia regras eleitorais da FIA na Justiça Francesa
A piloto de corridas Laura Villars iniciou um processo legal em um tribunal francês, contestando as regras eleitorais que efetivamente a impediram de concorrer contra o atual presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. A disputa gira em torno de uma peculiaridade processual que, segundo Villars e outros candidatos potenciais, os impediu de se candidatar, deixando Ben Sulayem pronto para um segundo mandato sem oposição.
Por que isso importa:
Este desafio legal destaca questões críticas de democracia interna e transparência na FIA, o órgão regulador global do automobilismo. A falta de candidatos diversos ou a percepção de um processo eleitoral injusto podem minar a legitimidade e a confiança pública na organização, afetando potencialmente todos os níveis do automobilismo, incluindo a Fórmula 1.
Os Detalhes:
- O Cerne da Disputa: Candidatos à presidência são obrigados a apresentar uma lista de seis vice-presidentes prospectivos, um de cada região global da FIA. Villars alega que esta regra restringiu indevidamente as candidaturas.
- O Obstáculo Sul-Americano: Uma questão chave é a região Sul-Americana, onde apenas um indivíduo, Fabiana Ecclestone (esposa do ex-chefe da F1 Bernie Ecclestone), era uma candidata viável a vice-presidente. Ela já faz parte da equipe atual de Ben Sulayem, efetivamente bloqueando outros aspirantes à presidência de cumprir o requisito.
- Ação Legal Tomada: Em 27 de outubro, Villars anunciou que o Tribunal Judicial de Paris a autorizou a convocar a FIA perante um juiz de urgência, com audiência marcada para 10 de novembro. Ela solicitou o adiamento da eleição até que uma decisão seja proferida.
- Declaração de Villars: "Duas vezes tentei abrir um diálogo construtivo com a FIA sobre assuntos essenciais como democracia interna e transparência das regras eleitorais. As respostas recebidas não estiveram à altura do desafio. Não estou agindo contra a FIA. Estou agindo para protegê-la. A democracia não é uma ameaça para a FIA; é a sua força."
- Resposta da FIA: Um porta-voz da FIA declarou: "Devido à natureza do processo, a FIA não pode comentar sobre esta ação legal e não fornecerá mais comentários sobre este assunto."
- Reunião de Conciliação: O tribunal convidou ambas as partes para uma reunião de conciliação antes da audiência, à qual Villars planeja comparecer, esperando um "diálogo sincero" para uma "FIA mais moderna, justa e conectada".
- Jurisdição Francesa: O caso está sendo julgado na França porque a sede da FIA está localizada em Paris, colocando-a sob a autoridade legal francesa.
- Apoio do Advogado: O advogado de Villars, Robin Binsard, observou que a autorização do tribunal para uma "convocação de emergência hora a hora" indica que o tribunal está levando "a sério as graves falhas democráticas dentro da FIA".
- Apoio de Outros Candidatos: O americano Tim Mayer, outro candidato frustrado, apoiou a ação de Villars, tendo acusado anteriormente a FIA de "falta de transparência" quando encerrou sua própria campanha, argumentando que o sistema impedia qualquer um, exceto o incumbente, de concorrer.
O Que Vem a Seguir:
A próxima audiência em 10 de novembro no Tribunal Judicial de Paris será crucial. A decisão do tribunal poderá manter as regras eleitorais atuais da FIA ou exigir mudanças, potencialmente levando a um adiamento da eleição presidencial e a uma reavaliação da elegibilidade dos candidatos. Esta batalha legal pode forçar a FIA a revisar seus processos democráticos internos e aumentar a transparência, impactando futuras eleições de liderança e a governança geral do automobilismo.
Artigo original :https://www.skysports.com/f1/news/12433/13460144/fia-presidential-election-swiss...





