Alpine: A "Melhor Pior Equipe" de Todos os Tempos na F1?
Ninguém quer a colher de pau no campeonato mundial de Fórmula 1, por razões válidas – uma perda crucial de dinheiro de prêmio e o simples incentivo para se sair bem – mas se você for terminar em último, a Alpine certamente o está fazendo certo.
A equipe sediada em Enstone já marcou 20 pontos na temporada de 2025, de longe o maior número que uma equipe em último lugar já coletou – e isso em apenas 14 Grandes Prêmios este ano.
Claro, o sistema de pontos evoluiu ao longo dos anos, mas os 20 pontos da Alpine equivalem aproximadamente aos oito da Toro Rosso em 2009 – exceto que foi em uma campanha de 17 corridas.
Naquela época, os pontos da Toro Rosso vieram exclusivamente de classificações entre os oito primeiros por Sébastien Bourdais e Sébastien Buemi, mas com o sistema atual, a equipe teria marcado 29 pontos naquele ano – com a ressalva de corridas mais atritivas, que tornavam mais fácil para uma equipe fraca ocasionalmente terminar entre os 10 primeiros.
Outra métrica interessante é o desempenho de qualificação, com a Toro Rosso saindo do Q1 14 vezes em 34 possíveis. A Alpine está atualmente com 18/34, o que inclui as sprints – caso contrário, 16/28 em sessões de qualificação regulares.
Sébastien Buemi, Toro Rosso, Sébastien Bourdais, Toro Rosso
Foto: Mark Thompson / Getty Images
A situação da Alpine também é diferente porque seu segundo carro tem tido um desempenho muito inferior nas mãos de Jack Doohan e Franco Colapinto, não conseguindo registrar um único top 12 aos domingos. Isso significa que Pierre Gasly marcou sozinho os 20 pontos da Alpine, com seu melhor resultado sendo o sexto lugar em Silverstone, então a equipe claramente tem potencial para uma arrecadação maior. No entanto, não terminar em último será uma tarefa difícil, com a Haas atualmente 15 pontos à frente.
Coincidentemente, a Haas registrou a segunda maior contagem (não levando em conta diferentes sistemas de pontuação) com 12 pontos na temporada de 2023 com 22 eventos – nove de Nico Hülkenberg e três de Kevin Magnussen, incluindo o sétimo lugar para o alemão em Melbourne. Em termos de desempenho de qualificação, isso se traduziu em 34/56 sessões de qualificação no top 15 (27/44 sem sprints).
A Haas teve destaques como Hülkenberg se classificando em segundo no Canadá e quarto para a Sprint do GP da Áustria, superando o melhor resultado de Gasly, o quinto lugar no Bahrein este ano, e o sexto lugar de Buemi da Toro Rosso no GP do Brasil de 2009.
Os carros da Haas chegaram ao (S)Q3 nada menos que 14 vezes em 2023, mas lutaram para converter isso em resultados de domingo. Um exemplo de alto perfil foi Hülkenberg caindo do segundo para o sétimo lugar nas fases iniciais do GP do Canadá antes que uma intervenção intempestiva do safety car arruinasse suas chances de um resultado pontuável.
Finalmente, outra forte candidata a "melhor temporada de última colocação" seria a Minardi em 2005 – pelo menos no papel. A equipe marcou sete pontos, mais que os cinco coletados nos 10 anos anteriores, com quinto e sexto lugares no infame Grande Prêmio dos Estados Unidos com seis carros.
Patrick Friesacher, Minardi PS05
Foto: Sutton Images
No entanto, a equipe italiana era uma verdadeira "lanterna vermelha" naquele ano, como demonstrado por seu melhor resultado de qualificação em 13º lugar para Patrick Friesacher em Mônaco e Christijan Albers no Japão, enquanto seu melhor resultado (além de Indianápolis) foi um 12º lugar por Friesacher no Bahrein e Albers na Bélgica.
No geral, houve 13 instâncias de uma equipe em último lugar marcando pontos na história da F1, em nove equipes diferentes; a primeira ocorrência foi a Arrows coletando dois pontos em 2002, cortesia de Heinz-Harald Frentzen com dois sextos lugares.
Outras equipes incluem Minardi (2004, '05), Spyker (2007), Toro Rosso (2009), Manor (2016), Sauber (2017, '24), Williams (2018, '19, '22), Haas (2023) e atualmente Alpine.
Reportagem adicional de Norman Fischer
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