
Mekies, da Red Bull, busca foco na 'corrida pura' em vez de jogos políticos
Sob nova liderança, a Red Bull Racing está mudando conscientemente para longe das batalhas políticas que antes definiam suas rivalidades, visando uma competição mais limpa e focada na pista. O chefe de equipe Laurent Mekies, que substituiu Christian Horner no meio da temporada, enfatiza uma filosofia de rivalidade intensa, mas respeitosa, acreditando que isso beneficia tanto o desempenho da equipe quanto o ambiente do esporte.
Por que é importante:
A mudança de tom na frente do grid marca uma potencial mudança cultural na dinâmica competitiva da Fórmula 1. À medida que mais engenheiros como Mekies, Andrea Stella da McLaren e Ayao Komatsu da Haas assumem funções de chefe de equipe, a ênfase parece estar mudando dos jogos mentais públicos para a execução técnica. Isso pode levar a uma forma mais pura de competição, embora alguns argumentem que o esporte perde uma camada de entretenimento com o drama fora das pistas.
Os detalhes:
- O contraste foi evidente na decisão do título em Abu Dhabi 2025. Embora a luta pelo campeonato tenha ido até o fim, a atmosfera carecia da hostilidade palpável do clímax Verstappen-Hamilton de 2021.
- Mekies minimiza o termo "hostil", uma palavra que Verstappen também questionou, preferindo enquadrar a rivalidade como "muito competitiva", mas fundamentalmente limpa.
- Essa abordagem foi testada por incidentes como o "Caso da Fita", onde a Red Bull foi flagrada removendo a fita marcadora de um rival. Mekies rapidamente ordenou a interrupção da prática, demonstrando compromisso com seus princípios declarados.
- O benefício interno, segundo Mekies, é a redução da distração. O objetivo é permitir que a equipe se concentre na "corrida pura" e no desafio central da engenharia de tornar o carro mais rápido, minimizando a energia gasta com ruídos externos.
O panorama geral:
Essa mudança parece parte de uma tendência mais ampla. A era dos chefes de equipe dominantes e francos como Horner e Toto Wolff, envolvidos em disputas verbais semanais, pode estar dando lugar a um foco mais técnico e operacional. O próprio Wolff, da Mercedes, brincou que a F1 ainda precisa de "babacas" para entretenimento, mas a segunda metade da temporada de 2025 viu significativamente menos guerra pública. A questão permanece: isso leva a melhores corridas ou a um esporte menos carismático para os fãs.
O que vem a seguir:
O verdadeiro teste dessa filosofia virá sob pressão sustentada. Se Red Bull e McLaren estiverem travando outra luta acirrada pelo título em 2026, o compromisso com uma luta limpa será mantido? A liderança centrada na engenharia de Mekies será minuciosamente analisada, equilibrando a busca implacável por desempenho com sua promessa de respeito esportivo. A tendência sugere que o futuro da liderança das equipes está com operadores sistemáticos, potencialmente mudando a forma como as maiores batalhas da F1 são travadas dentro e fora do circuito.
Artigo original :https://www.motorsport.com/f1/news/the-transformation-mekies-is-making-as-red-bu...





