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A Obscura Regra de 'Pontos Descartados' da F1: Poderia Tornar as Disputas de Título Modernas Mais Justas?

A Obscura Regra de 'Pontos Descartados' da F1: Poderia Tornar as Disputas de Título Modernas Mais Justas?

Resumo
A F1 já teve um sistema de 'pontos descartados', onde os piores resultados eram removidos, visando mitigar falhas mecânicas. Se aplicado hoje, alteraria a dinâmica entre Norris e Piastri. Embora buscasse mais justiça contra imprevistos, a regra é improvável de retornar devido à sua complexidade e à maior confiabilidade dos carros modernos.

Por que isso importa:

A atual dinâmica do título da F1, onde cada ponto conta, pode parecer rígida, especialmente após um incidente que encerra a corrida. Imagine um cenário em que um DNF não prejudica imediatamente uma disputa pelo campeonato. Essa já foi a realidade na Fórmula 1.

O recente DNF de Lando Norris em Zandvoort prejudicou significativamente suas esperanças no título contra Oscar Piastri. Com uma diferença de 34 pontos entre os dois pilotos da McLaren, cada abandono é um golpe pesado. No entanto, se a F1 ainda usasse seu histórico sistema de 'pontos descartados' dos anos 70, a situação de Norris não seria tão desesperadora.

A História da Regra:

Historicamente, a F1 operava sob um sistema projetado para mitigar as falhas mecânicas comuns da época. Os pilotos não eram obrigados a contar todos os seus resultados; suas piores pontuações eram descartadas. Isso significava:

  • Anos Iniciais (a partir de 1950): Apenas uma seleção dos melhores resultados (por exemplo, quatro de sete) contava para o campeonato.
  • Temporadas Divididas (a partir de 1967): A temporada era frequentemente dividida em duas metades, com um número fixo de resultados contando de cada uma, permitindo aos pilotos descartar seu pior desempenho em cada metade.
  • 'Melhores 11' (anos 80): A regra evoluiu para contar os 'melhores 11' resultados, visando recompensar vitórias absolutas mais do que classificações consistentes, porém mais baixas.

Esse sistema efetivamente dava aos pilotos 'curingas' para gastar, usados principalmente para DNFs mecânicos, com o objetivo de deixar o desempenho puro, e não a má sorte, decidir o título.

Impacto na F1 Moderna:

A aplicação desta regra histórica ao calendário de 24 corridas de hoje oferece uma hipótese interessante:

  • Lando Norris: Seu abandono no GP do Canadá seria insignificante, e seu DNF em Zandvoort seria simplesmente um resultado não computado, dando-lhe uma margem para incidentes futuros.
  • Oscar Piastri: Ele poderia perder alguns pontos de seu pior resultado no início da temporada ou ter seus 18 pontos da Hungria descartados se fosse sua pontuação 'pior' na segunda metade.

Embora complexo e potencialmente confuso, ofereceria uma camada de justiça contra falhas mecânicas imprevisíveis, semelhante a como a falha do motor de Lewis Hamilton na Malásia em 2016 impactou pesadamente sua luta pelo título contra Nico Rosberg.

O Debate:

A atual diferença de 34 pontos entre Norris e Piastri reflete verdadeiramente sua diferença de desempenho? Na qualificação, eles são frequentemente separados por milésimos de segundo. Piastri mostrou consistência e velocidade, mas Norris está em pé de igualdade.

Por que Não Voltará:

  • Complexidade: O sistema de 'pontos descartados' adiciona uma camada de aritmética que pode alienar novos fãs, que preferem pontuações mais simples, como no futebol.
  • Confiabilidade Aprimorada: À medida que a confiabilidade dos carros melhorou significativamente nos anos 90, a necessidade de 'curingas' diminuiu. O sistema foi finalmente abandonado em 1991, com os pilotos mantendo todos os seus pontos.
  • A Natureza da F1: A F1 é inerentemente um esporte técnico, e a confiabilidade mecânica, mesmo que pareça injusta, faz parte do desafio e do espetáculo.

No final, um campeonato define um vencedor sob regras predefinidas, o que nem sempre se alinha perfeitamente com a identificação do atleta 'mais forte' em um sentido abstrato. Embora a antiga regra ofereça um 'e se' divertido, seu retorno é altamente improvável.

Artigo original :https://www.motorsport.com/f1/news/f1s-ridiculous-rule-that-couldve-made-the-202...

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