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Citroën Entra na Fórmula E: A História Completa Por Trás de Sua Estreia em Monopostos

Citroën Entra na Fórmula E: A História Completa Por Trás de Sua Estreia em Monopostos

Resumo
A Citroën junta-se à Fórmula E com o apoio da Stellantis, marcando um novo capítulo no automobilismo elétrico. A entrada envolveu complexas transições de equipe e desafios de licença com a MSG. Com pilotos de ponta, a marca busca consolidar sua presença, abrindo portas para futuras participações de outras marcas do grupo.

A Citroën está oficialmente de volta ao automobilismo internacional de ponta, fazendo sua estreia em competições globais de monopostos através de um novo projeto na Fórmula E. Esta medida marca o retorno da marca ao cenário mundial desde o encerramento de seu dominante programa no Campeonato Mundial de Rally (WRC) em 2019. O ambicioso programa foi lançado na Champs-Élysées, exibindo uma pintura patriótica nas cores vermelho, branco e azul.

Por que importa:

A entrada da Citroën na Fórmula E sinaliza o compromisso inabalável da Stellantis com o automobilismo elétrico e proporciona uma nova injeção esportiva para a marca. Essa mudança estratégica reflete a agilidade do grupo automotivo em alavancar suas diversas marcas no cenário das corridas elétricas, com potenciais implicações para futuras entradas na Gen4 de outras marcas da Stellantis, como a Opel.

Os Detalhes:

  • Escolha Estratégica da Stellantis: Adquirida pela Stellantis em 2021, a Citroën foi a escolha mais lógica entre suas marcas para substituir a Maserati na Fórmula E, especialmente considerando o foco da Peugeot nas corridas de endurance.
  • Transição Complexa: A substituição da marca não foi simples devido ao modelo de parceria da Stellantis com entidades operacionais (Penske para DS, MSG para Maserati/Citroën), que limitaram o controle direto sobre certas decisões.
  • Instabilidade da Equipe MSG: A equipe MSG, com a qual a Citroën agora faz parceria, enfrentou significativa instabilidade financeira e desafios de propriedade, incluindo o acúmulo de dívidas substanciais e estar à venda sob a custódia da Fórmula E Operations.
  • Quase Acordo da McLaren: A entidade de Fórmula E da McLaren, a atual fornecedora, quase fechou um acordo com a Stellantis para continuar, mas a necessidade crítica de sobrevivência da MSG provavelmente superou a oferta da McLaren.
  • Propriedade da Licença: A Citroën Racing não é dona da licença de entrada da equipe. Várias partes estariam interessadas em adquirir a licença da MSG, com uma nova propriedade possivelmente confirmada antes da temporada 2025-26.
  • Motivação da Citroën: O CEO da Citroën, Xavier Chardon, enfatizou o apelo da Fórmula E como um campeonato elétrico correndo em centros urbanos e seu valor como um 'banco de testes perfeito' para programas de eletrificação, particularmente em gerenciamento de software.
  • Visão da Stellantis Motorsport: O Vice-Presidente da Stellantis Motorsport, Jean-Marc Finot, e o diretor do programa FE, Leo Thomas, lideram os aspectos técnicos e políticos. Finot destaca a flexibilidade das marcas da Stellantis como um trunfo chave para a Fórmula E.
  • Mudanças Operacionais: O programa verá mais controle técnico geral vindo de Satory, a base da Stellantis Motorsport. Cyril Blais permanece como chefe de equipe, garantindo continuidade. A base da MSG em Mônaco pode ter um papel reduzido.
  • Movimentações Futuras de Marcas: A DS Penske está entrando em sua última temporada como parceria, com a DS Automobiles provavelmente encerrando seus esforços na Fórmula E. A Opel é uma forte candidata para substituir a DS na Gen4 e potencialmente garantir sua própria vaga.

A Dinâmica Cassidy/Vergne:

A Citroën garantiu uma das duplas de pilotos mais formidáveis da Fórmula E: Nick Cassidy e Jean-Eric Vergne, uma parceria amplamente considerada entre as mais fortes da história do campeonato. Embora um notável incidente em pista em Misano em abril de 2024 entre os dois tenha levantado algumas preocupações, uma rápida resolução se seguiu.

  • Experiência e Maturidade: Ambos os pilotos são altamente experientes e já formaram parcerias de sucesso com vários companheiros de equipe no passado, incluindo Sébastien Buemi, Mitch Evans, Antonio Felix da Costa e Maximilian Günther.
  • Foco na Equipe: Dada a maturidade deles, nenhum dos pilotos é esperado que permita que políticas internas ou rivalidades desnecessárias comprometam seus esforços individuais ou o desempenho da equipe, especialmente em sua temporada inaugural juntos.

O Que Vem a Seguir:

O CEO da Fórmula E, Jeff Dodds, elogia a abordagem da Stellantis, notando o benefício de ter uma grande montadora global capaz de alavancar investimentos em múltiplas marcas. A potencial chegada de uma segunda marca da Stellantis, como a Opel, para a Gen4 é muito aguardada e pode ser anunciada mais perto da revelação do carro Gen4 na próxima primavera. Essa estratégia não apenas proporciona economias de escala para a Stellantis, mas também traz marcas reconhecíveis e com forte disciplina de engenharia para o campeonato, reforçando o grid diversificado da Fórmula E.

Artigo original :https://www.the-race.com/formula-e/full-story-behind-citroen-arrival-in-single-s...

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